Sem juízo
vi oportunos versos
e me embaralho
sério, vesgo, ousado
seco o meu talho
Sei à luz... me estanco
ao espelho, todos os males
a má criatura, o canto...
O risco nos cabe
o fogo e a carme
todos em braile
os risos, os vales
cheias e atalhos
a reza... um instante!
arquitetura dos sujeitos
erhi Araújo
quinta-feira, setembro 17, 2009
A casa, a candeia, a cancela
A viela, o cinema
mais vilas, mais ruas e a tela
extra velha, a casa, a candeia, a cancela
mulheres cruas, o divã... sentinelas
fineza as escuras,
a vista branca, alvuras
liso asfáltico, procuras
boca nova, fichada negreja
lustrosas vias, desmedida peleja
noites e mal dormidas, ensejas
cospe seu álibi na lustrosa guia
cospe em todos seus
bêbados, idosos, escravos, nervosos, crianças, reis
desempregados, egressos, de quem se resfria!
a casa, a candeia, a cancela
erhi Araújo
mais vilas, mais ruas e a tela
extra velha, a casa, a candeia, a cancela
mulheres cruas, o divã... sentinelas
fineza as escuras,
a vista branca, alvuras
liso asfáltico, procuras
boca nova, fichada negreja
lustrosas vias, desmedida peleja
noites e mal dormidas, ensejas
cospe seu álibi na lustrosa guia
cospe em todos seus
bêbados, idosos, escravos, nervosos, crianças, reis
desempregados, egressos, de quem se resfria!
a casa, a candeia, a cancela
erhi Araújo
Ensaios sobre Maria
Dá boca ao fim do dia
era quase noite, dezembro
ausente, peregrina sempre
sente à noite
em trânsito como estrela... o altar
responde-se por terra
em memórias de Marias...
A estreita tarde
a poética lua
a bruma, as cantigas de infância
a fantasia as nuvens,a moça ao tempo
a louça ao vento...
A música nas montanhas
a terra nova, o desterro
o coração em silêncio
a primavera a sesmaria
a cor, a dor... a esfera
a espada, o fogo, a era
os ensaios sobre Maria!
Sonatas, odes e penas de morte
a espera, sacrilégios
a página em branco, a folha amassada
a lástima, a pira... um banco... a sorte!
Ensaios sobre Maria
erhi Araújo
era quase noite, dezembro
ausente, peregrina sempre
sente à noite
em trânsito como estrela... o altar
responde-se por terra
em memórias de Marias...
A estreita tarde
a poética lua
a bruma, as cantigas de infância
a fantasia as nuvens,a moça ao tempo
a louça ao vento...
A música nas montanhas
a terra nova, o desterro
o coração em silêncio
a primavera a sesmaria
a cor, a dor... a esfera
a espada, o fogo, a era
os ensaios sobre Maria!
Sonatas, odes e penas de morte
a espera, sacrilégios
a página em branco, a folha amassada
a lástima, a pira... um banco... a sorte!
Ensaios sobre Maria
erhi Araújo
quinta-feira, setembro 10, 2009
P r a t o s
prato raso
mesa farta... conselhos e sabores
garfo e faca em pratos limpos
prato na mão de trato fácil, uma porção
prato de barro, de todo dia, prato de louça e moça fina
brinda e desfila por sugestão
prato cheio e outros feitos
prato de música, raros amores
um prato fino, de porcelana
prato que serve aos frutos
até o fundo do coração
este acaso é o prato, qual a razão!?
P r a t o s
erhi Araújo
I m e d i a t o s
em pratos rasos
os primeiros casos
vazio e pasmo
o talho a faca
a trégua rápida
o Orfeu ngro
à sua ópera mágica.
em pratos rasos, versos e acasos...
I m e d i a t o s
erhi Araújo
intimidades com a inocência
Na poesia...
de tal me calo
então ralo, pois em qualquer língua
pouco aos meus e teus verbos, instalo
só nos quereis falo,
sã, puro, amor à míngua!
intimidades com a inocência
erhi Araújo
de tal me calo
então ralo, pois em qualquer língua
pouco aos meus e teus verbos, instalo
só nos quereis falo,
sã, puro, amor à míngua!
intimidades com a inocência
erhi Araújo
domingo, agosto 09, 2009
letras de máquina
O Amor num recado
a viagem, paisagem triste assim
do principio pescado, ao fim
Um soneto em seu grito
a vadiagem, o feminino
o bosque dos aflitos
Traz os nomes nas calçadas
um espelho... uma esquina
a luz fria, a régua
A violência, dois planos
pra quem dizer glórias!?
há resistência, salvo enganos
A margem, o remo, o leme, o lume
o suor, teus pecados
a trégua...
O sal da pedra
avis, úmida, azul
desperdício, a regra
O aro, o barro, o ato
sem calor, sem colheita
vida a dois... guardanapos
A medina, a trombeta
missão de não ser!
o ardor, o pesar, o prover
A venda, o périplo, o desdito
o inverno das evidências, o porvir
um senão... angular veredicto.
letras de máquina
erhi araújo
a viagem, paisagem triste assim
do principio pescado, ao fim
Um soneto em seu grito
a vadiagem, o feminino
o bosque dos aflitos
Traz os nomes nas calçadas
um espelho... uma esquina
a luz fria, a régua
A violência, dois planos
pra quem dizer glórias!?
há resistência, salvo enganos
A margem, o remo, o leme, o lume
o suor, teus pecados
a trégua...
O sal da pedra
avis, úmida, azul
desperdício, a regra
O aro, o barro, o ato
sem calor, sem colheita
vida a dois... guardanapos
A medina, a trombeta
missão de não ser!
o ardor, o pesar, o prover
A venda, o périplo, o desdito
o inverno das evidências, o porvir
um senão... angular veredicto.
letras de máquina
erhi araújo
domingo, julho 12, 2009
O l h a r d e o u t o n o
Ó cristalina sombra
se neste teu semblante perfumado
falasse de repente
aos meus olhos desejados
veste o tempo, veste o presente,
o que tens sim, cobre tudo se silenciado!..
Olhar de outono
erhi Araújo
se neste teu semblante perfumado
falasse de repente
aos meus olhos desejados
veste o tempo, veste o presente,
o que tens sim, cobre tudo se silenciado!..
Olhar de outono
erhi Araújo
quarta-feira, julho 01, 2009
L â m i n a s
o Amor pára e o rio leva
o Amor data e o Rio nega
o Amor peca e o Rio, o rio pega
o Amor vaza e o Rio fela
o Amor vaga... baba, mela e o Rio veda
o Amor Meca e o Rio reza...
o Amor pesa e o Rio seda
o Amor e o Rio, anti-sala, outro cala, uma causa depõe, gela
o Amor saca e o Rio vela
o Amor nada e... o Rio rega, o Rio
o Amor vala e o Rio vera
o Amor veta e o Rio lava
o Amor paga e, o Rio sela
o amor!.. cava, cata, rala, saca, laça, fala... sara e o Rio, frio... seca!
Lâminas
erhi Araújo
o Amor data e o Rio nega
o Amor peca e o Rio, o rio pega
o Amor vaza e o Rio fela
o Amor vaga... baba, mela e o Rio veda
o Amor Meca e o Rio reza...
o Amor pesa e o Rio seda
o Amor e o Rio, anti-sala, outro cala, uma causa depõe, gela
o Amor saca e o Rio vela
o Amor nada e... o Rio rega, o Rio
o Amor vala e o Rio vera
o Amor veta e o Rio lava
o Amor paga e, o Rio sela
o amor!.. cava, cata, rala, saca, laça, fala... sara e o Rio, frio... seca!
Lâminas
erhi Araújo
quinta-feira, junho 25, 2009
o Amor e o Rio
Um gondoleiro mórbido
Dos seus delírios inebriantes
Espelhando uns dissabores
Navega... todo seu leito
Isca do rio por si, sombra e anzol
Vê como pássaros, o horizonte!
Um gondoleiro, sórdido
Diz, por vícios navegantes
Inculpando tais ardores
Rema, fulgidas paixões ao peito
Disfarça o vil, mal feito...
No pó das cinzas flutuantes!
Esfumando a lua, partilhando leito
Em querências, em máscaras, em defeitos.
o Amor e o Rio
erhi Araújo
Dos seus delírios inebriantes
Espelhando uns dissabores
Navega... todo seu leito
Isca do rio por si, sombra e anzol
Vê como pássaros, o horizonte!
Um gondoleiro, sórdido
Diz, por vícios navegantes
Inculpando tais ardores
Rema, fulgidas paixões ao peito
Disfarça o vil, mal feito...
No pó das cinzas flutuantes!
Esfumando a lua, partilhando leito
Em querências, em máscaras, em defeitos.
o Amor e o Rio
erhi Araújo
quinta-feira, junho 04, 2009
C e r i m ô n i a II
Segura-me
semeias à úmida boca
que se me possas aspirar
sobre a brisa solta...
descura-me
palavra louca
anula-te, de todo desejo
que me se me possas causar!
C e r i m ô n i a II
erhi Araújo
semeias à úmida boca
que se me possas aspirar
sobre a brisa solta...
descura-me
palavra louca
anula-te, de todo desejo
que me se me possas causar!
C e r i m ô n i a II
erhi Araújo
quinta-feira, maio 28, 2009
C e r i m ô n i a I
tortura-me
e, sem tua úmida boca
que se me possas beijar
Futura-me
em chamas... poisa
deixas a noite calar!
C e r i m ô n i a I
erhi Araújo
e, sem tua úmida boca
que se me possas beijar
Futura-me
em chamas... poisa
deixas a noite calar!
C e r i m ô n i a I
erhi Araújo
C e r i m ô n i a
Procura-te
a uma boca
que se me possa beijar
oferece-te,
palavra louca!
que se me possas em desejos...
te provar!
C e r i m ô n i a
erhi Araújo
a uma boca
que se me possa beijar
oferece-te,
palavra louca!
que se me possas em desejos...
te provar!
C e r i m ô n i a
erhi Araújo
quarta-feira, maio 06, 2009
f l o r e s d e m a i o
Então
ternos segredos...
dizes clamando!
quis melhor amor
um senão, amando.
um dia!
espia a úmida memória,
teu olhar estenderia
vistas em que te guardo
se senti
se feri
se fingi
o gozo!
suavemente desejado
então! nos desculpai...
tontos tempos
ao que tenho calado!
Flores de maio
erhi Araújo
ternos segredos...
dizes clamando!
quis melhor amor
um senão, amando.
um dia!
espia a úmida memória,
teu olhar estenderia
vistas em que te guardo
se senti
se feri
se fingi
o gozo!
suavemente desejado
então! nos desculpai...
tontos tempos
ao que tenho calado!
Flores de maio
erhi Araújo
segunda-feira, maio 04, 2009
L u a C h e i a
A noite descansa
enche vazios
Justa melancolia
bem resfriada.
E ao impor-se
O sol que nos escava
mais brilhante
em tudo não te escapa.
Lua cheia
erhi Araújo
enche vazios
Justa melancolia
bem resfriada.
E ao impor-se
O sol que nos escava
mais brilhante
em tudo não te escapa.
Lua cheia
erhi Araújo
sexta-feira, março 27, 2009
E n s a i o s
teus raios
não assustam pedras
não ilustram trevas
não ajustam regras,
desmaios...
e nos mesmos balaios,
entregas!
Ensaios
erhi Araújo
não assustam pedras
não ilustram trevas
não ajustam regras,
desmaios...
e nos mesmos balaios,
entregas!
Ensaios
erhi Araújo
terça-feira, março 24, 2009
Cálidos pés
sigo a ti
por estes caminhos
e então
caço, laço, vôo
até que recolha-me em teu ninho
digo a ti
por estes carinhos
então!
traço, amasso, entôo
até que retire-me os espinhos
que nos refresques ao vinho
ao anjo sol
na branca toalha de linho...
lânguido amor!
Cálidos pés
erhi Araújo
por estes caminhos
e então
caço, laço, vôo
até que recolha-me em teu ninho
digo a ti
por estes carinhos
então!
traço, amasso, entôo
até que retire-me os espinhos
que nos refresques ao vinho
ao anjo sol
na branca toalha de linho...
lânguido amor!
Cálidos pés
erhi Araújo
terça-feira, março 10, 2009
C I C A T R I Z
Língua, fala-me
por tardes e diz
se quiséssemos definições na poesia,
poesia de um corpo
poderíamos chamá-la
sã liberdade, que abracei!
sou no teu corpo, sujeito natural
tela, escultura, parede,
sepulcro, prisão e berço
fetiche, memórias, objetos
espectador imparcial
O silêncio, muito ambíguo
a presença, a cobiça, o rompimento proposital
dos suspeitos, encarnado a sua língua,
poética e sem roupa, a míngua
no passo, assenta cadeiras e saltos
a sustentar o poema... pratarias e a indigência
é a superfície que a palavra escrita
sabe qual réstia de luz
dá forma aos vazios, aponta o nariz
quis a sombra que teu olho
a noite afunde os traços, e diga
o jogo, os amores escuros castiços
nos corredores...
os traços sem luz!
cicatriz
erhi Araújo
por tardes e diz
se quiséssemos definições na poesia,
poesia de um corpo
poderíamos chamá-la
sã liberdade, que abracei!
sou no teu corpo, sujeito natural
tela, escultura, parede,
sepulcro, prisão e berço
fetiche, memórias, objetos
espectador imparcial
O silêncio, muito ambíguo
a presença, a cobiça, o rompimento proposital
dos suspeitos, encarnado a sua língua,
poética e sem roupa, a míngua
no passo, assenta cadeiras e saltos
a sustentar o poema... pratarias e a indigência
é a superfície que a palavra escrita
sabe qual réstia de luz
dá forma aos vazios, aponta o nariz
quis a sombra que teu olho
a noite afunde os traços, e diga
o jogo, os amores escuros castiços
nos corredores...
os traços sem luz!
cicatriz
erhi Araújo
quinta-feira, março 05, 2009
M u l h e r e s
Quem pediu socorro...
a esperança
contando seus dramas
ou, quem sabe somente um conselho
do mundo vem
seus dramas, suas perdas e suas dores
e sempre trata de alguém,
do apego, da posse, da ilusão
ou talvez a dor e a tristeza
a alma, o sossego, a origem, a neblina, o horizonte
o caminho e a história...
a bagagem, a escolha, os olhares
suma sábia simplicidade
a aura, o campo, a crítica, a mão
de muitos anos pra aliviar as dores
os parvos senhores
uns trapos, um trago, compaixão, paciência...
contra as ilusórias aparências
um coração que perto de tudo resiste
a moda, a boca, o chiste
tontas desculpas e coragem...
dá compaixão!
M u l h e r e s
erhi Araujo
a esperança
contando seus dramas
ou, quem sabe somente um conselho
do mundo vem
seus dramas, suas perdas e suas dores
e sempre trata de alguém,
do apego, da posse, da ilusão
ou talvez a dor e a tristeza
a alma, o sossego, a origem, a neblina, o horizonte
o caminho e a história...
a bagagem, a escolha, os olhares
suma sábia simplicidade
a aura, o campo, a crítica, a mão
de muitos anos pra aliviar as dores
os parvos senhores
uns trapos, um trago, compaixão, paciência...
contra as ilusórias aparências
um coração que perto de tudo resiste
a moda, a boca, o chiste
tontas desculpas e coragem...
dá compaixão!
M u l h e r e s
erhi Araujo
quinta-feira, fevereiro 19, 2009
S a t é l i t e
Dois homens te beijam
te querendo trocar paternidade
dois homens, te deixam
padecendo, lustra-te vaidades
dois homens te deleitam
carecendo, suga-te natalidade
Dois homens te queixam
devendo corar-te a fraternidade
dois homens te deitam
te merecendo alcançar, humanidade
dois homens bracejam
parecendo coar-lhe a solidariedade
Dois homens te espelham
dizendo forrar-te a virilidade
dois homens... que desejam
um oferecendo olhar, outro liberdade
dois homens que te desvendam
Dois homens que arpeiam
Temendo, te abrasar necessidades!
S a t é l i t e
erhi Araújo
Prêmio Dival Pitombo de Poesias de Feira de Santana/ Funlac 1995
te querendo trocar paternidade
dois homens, te deixam
padecendo, lustra-te vaidades
dois homens te deleitam
carecendo, suga-te natalidade
Dois homens te queixam
devendo corar-te a fraternidade
dois homens te deitam
te merecendo alcançar, humanidade
dois homens bracejam
parecendo coar-lhe a solidariedade
Dois homens te espelham
dizendo forrar-te a virilidade
dois homens... que desejam
um oferecendo olhar, outro liberdade
dois homens que te desvendam
Dois homens que arpeiam
Temendo, te abrasar necessidades!
S a t é l i t e
erhi Araújo
Prêmio Dival Pitombo de Poesias de Feira de Santana/ Funlac 1995
segunda-feira, fevereiro 16, 2009
P o m a
Cada suor te lavra a hora
reparte e voa numa sonda
divina... célere
da carne extrai sombras
sal, bens de ouro, celebres
Cada paiol te trava a porta
da fome malvista, fadista magoa
avia, quem escreve
a cada suor uma estrada, imola
inscreves dos sonetos
depõe... úmida vida
para quem falso era o nó!
Cada suor te mascara, chora
um lance de escada, carta única, deitada
nua dança... escalada cheia e noivas
azuis desfiguradas
cascas, de resto alguém
verás no corrimão o guarda-pó
- o cais...
A luz e os escombros
P o m a
erhi Araújo
Prêmio Dival Pitombo de Poesias / Funlac / 1995
reparte e voa numa sonda
divina... célere
da carne extrai sombras
sal, bens de ouro, celebres
Cada paiol te trava a porta
da fome malvista, fadista magoa
avia, quem escreve
a cada suor uma estrada, imola
inscreves dos sonetos
depõe... úmida vida
para quem falso era o nó!
Cada suor te mascara, chora
um lance de escada, carta única, deitada
nua dança... escalada cheia e noivas
azuis desfiguradas
cascas, de resto alguém
verás no corrimão o guarda-pó
- o cais...
A luz e os escombros
P o m a
erhi Araújo
Prêmio Dival Pitombo de Poesias / Funlac / 1995
sexta-feira, janeiro 30, 2009
Vigilia
pájaro de oro
torpe pájaro vuela
vuela sobre el miedo
dice emproado secreto
más alto en las nubes
de impresión, la retirada ...
entre alas crear saltos
bicam la luna, el sol productos
Borde de las lagunas
pájaro, ave!
que hermosa vista
Arrúa las verdades
mata a perder,
pájaro, ave, ave ...
lava los pies, resistir.
Vigilia
erhi Araújo
torpe pájaro vuela
vuela sobre el miedo
dice emproado secreto
más alto en las nubes
de impresión, la retirada ...
entre alas crear saltos
bicam la luna, el sol productos
Borde de las lagunas
pájaro, ave!
que hermosa vista
Arrúa las verdades
mata a perder,
pájaro, ave, ave ...
lava los pies, resistir.
Vigilia
erhi Araújo
Veglia
uccello d'oro
maldestra uccello vola
vola oltre la paura
emproado dice segreto
più alto tra le nuvole
stampa, il ritiro ...
tra salti creare ali
bicam la luna, il sole ducts
laguna di bordo
uccello, uccello!
che bella vista
arrua la verità
uccide perdere,
uccello, uccello, uccelli ...
lavare i piedi e resistere.
Veglia
erhi Araújo
maldestra uccello vola
vola oltre la paura
emproado dice segreto
più alto tra le nuvole
stampa, il ritiro ...
tra salti creare ali
bicam la luna, il sole ducts
laguna di bordo
uccello, uccello!
che bella vista
arrua la verità
uccide perdere,
uccello, uccello, uccelli ...
lavare i piedi e resistere.
Veglia
erhi Araújo
segunda-feira, janeiro 26, 2009
Vigília
Pássaros doirados
desajeitado pássaro voa
voa sobre o medo
emproado diz segredo
mais alto sob as nuvens
estampa, revoa...
entre saltos criam asas
bicam a lua, miram o sol
bordam lagoas
pássaro, pássaro!
que bela vista
arrua a verdades
mata saudades,
pássaro, pássaro, pássaro...
lava os pés, resista.
Vigília
erhi Araújo
desajeitado pássaro voa
voa sobre o medo
emproado diz segredo
mais alto sob as nuvens
estampa, revoa...
entre saltos criam asas
bicam a lua, miram o sol
bordam lagoas
pássaro, pássaro!
que bela vista
arrua a verdades
mata saudades,
pássaro, pássaro, pássaro...
lava os pés, resista.
Vigília
erhi Araújo
Sinais
Parte da vida
essa amorosa, única
ou alívio do coração
cabe apresentar-se a nós
com misericórdia
quem fortalecer a vontade
a noite escura
os bons e os maus
um sussurro,
um silêncio absurdo, o caos
uma luz
uma partilha, cósmica
pode fazer deste mantra ardente
sua réstia de sol!
Sinais
erhi Araújo
essa amorosa, única
ou alívio do coração
cabe apresentar-se a nós
com misericórdia
quem fortalecer a vontade
a noite escura
os bons e os maus
um sussurro,
um silêncio absurdo, o caos
uma luz
uma partilha, cósmica
pode fazer deste mantra ardente
sua réstia de sol!
Sinais
erhi Araújo
domingo, janeiro 25, 2009
Planetário
Três letras
três ditos
três meses, três
três trens
andando bem cedo
fora dos trilho do medo...
três horas,
três, para as três Marias
uma primeira, mãe, outras duas filhas
três dedos
três dozes inteiras
balaios no meio da feira
três dias
três luas, novas cheias de mel
três portas
três postas cruas
três chaves trancam ruas
três mais três
sons, aromas, vapores
três pedidos
Três perigos
desejo, poder e compaixão
três mundos
três tempos, três temas
a praça, a lua e vaidades
a cruz, a cura, a crítica!
Planetário
erhi Araújo
três ditos
três meses, três
três trens
andando bem cedo
fora dos trilho do medo...
três horas,
três, para as três Marias
uma primeira, mãe, outras duas filhas
três dedos
três dozes inteiras
balaios no meio da feira
três dias
três luas, novas cheias de mel
três portas
três postas cruas
três chaves trancam ruas
três mais três
sons, aromas, vapores
três pedidos
Três perigos
desejo, poder e compaixão
três mundos
três tempos, três temas
a praça, a lua e vaidades
a cruz, a cura, a crítica!
Planetário
erhi Araújo
sábado, janeiro 24, 2009
Farol da noite
Por nada nos deixaríamos por amor
por nada nos descansaríamos no caminhar
por nada nos floresceríamos sem regar
por nada nos flagelaríamos no olhar
por nada nos calaríamos sem orar
por nada nos sangraríamos no voltar
por nada nos deveríamos abalar
por nada nos sentenciaríamos por calar...
por nada, por nada!
Farol da noite
erhi Araújo
por nada nos descansaríamos no caminhar
por nada nos floresceríamos sem regar
por nada nos flagelaríamos no olhar
por nada nos calaríamos sem orar
por nada nos sangraríamos no voltar
por nada nos deveríamos abalar
por nada nos sentenciaríamos por calar...
por nada, por nada!
Farol da noite
erhi Araújo
Toalha de luz
Ao se pôr, o sol
resplandece dourando a pele
espraiando as sombras
por você
ao se pôr, segue o sol pra seu leito
e deixa erguer-se
a toalha de prata sobre o céu azulado
por amor
ao se pôr... o mesmo sol
por viver
estende a mão
vê a lua...
se levanta !
Toalha de luz
erhi Araújo
resplandece dourando a pele
espraiando as sombras
por você
ao se pôr, segue o sol pra seu leito
e deixa erguer-se
a toalha de prata sobre o céu azulado
por amor
ao se pôr... o mesmo sol
por viver
estende a mão
vê a lua...
se levanta !
Toalha de luz
erhi Araújo
sexta-feira, janeiro 16, 2009
Simplicidade
Quando o coração age
simplifica as coisas
o mundo
e mesmo por um segundo
nem que seja no frio inverno
nos aquece... por tão terno
Quando o coração abre
diz sim!
cheio de calor interno
repete-se quantas vezes for...
até que de amor
revela-nos
externo.
simplicidade
erhi Araújo
simplifica as coisas
o mundo
e mesmo por um segundo
nem que seja no frio inverno
nos aquece... por tão terno
Quando o coração abre
diz sim!
cheio de calor interno
repete-se quantas vezes for...
até que de amor
revela-nos
externo.
simplicidade
erhi Araújo
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