Cada suor te lavra a hora
reparte e voa numa sonda
divina... célere
da carne extrai sombras
sal, bens de ouro, celebres
Cada paiol te trava a porta
da fome malvista, fadista magoa
avia, quem escreve
a cada suor uma estrada, imola
inscreves dos sonetos
depõe... úmida vida
para quem falso era o nó!
Cada suor te mascara, chora
um lance de escada, carta única, deitada
nua dança... escalada cheia e noivas
azuis desfiguradas
cascas, de resto alguém
verás no corrimão o guarda-pó
- o cais...
A luz e os escombros
P o m a
erhi Araújo
Prêmio Dival Pitombo de Poesias / Funlac / 1995
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