sábado, março 13, 2010

Ante o que restou

As cores do céu
as flores noturnas
nos encantos de um véu azulado
e sobre os desejos
amores e turras...
um gesto, a repulsa
a toda sorte, à vida oculta
sobre beijos e laços mundanos
seco o sangue que lavamos
os mesmos odores
eu mesmo... réu!

Ante o que restou
erhi Araújo

Se por faltar

Quais princípios
de tão próximos
ou de púrpura mágoa
espraiou-se até final da linha
dos primeiros panos
aos poucos humanos
traz anseios e demandas
réquiem na primeira estação
na dormente fantasia
dos cigarros de luxo aos pés da ironia
tragam sem medos
Âncoras os agonias!
- nebulosas batalhas
somem, chegam ou esquecem...
convertem um rosto e amargura
a todos desde o princípio
e em cores conflitantes, se apropria...
- Juro não consumar mais em poesia.

Se por faltar
erhi Araújo

sexta-feira, março 12, 2010

Securas

É pau, é pedra,
é mais ardor sem carinho...
Por atalhos é regra
sem passado ou caminho
aos enganos das glórias
seu nome no pergaminho
o desperdício à calçada
à beira, à margem uma pedra
o suor , um cantinho
de todo vício o pescado
o lema, o leme e o luar
o mantra e o lume de amor
só!
recado amassadinho.


Securas
erhi Araújo

o trem

O trem,
de princípio ao fim
toda intolerância ou indolência
e teus planos, entre vagões
vem...
a suma questão, o não crer
que o veredito é popular!
Que acorda e ouve
o sim,
os anjos e a natureza
em ardor, em pesar
o dedo!
A desistência, o domínio
o invento,
o calor, a colheita
a vadiagem,
o feminino e o intento
a decisão, o grito!
A Medina,
A proveta e o périplo,
Em riste.

O trem
erhi Araujo