domingo, outubro 23, 2011

prova cênica, soneto

flor de sal


terça-feira, julho 12, 2011

Ditados


Em todas as cores a cor...
num vermelho valente,
 diário, entre teus versos contentes
elegias de amor!

Diante do quarto
em claro gosto, da bicicleta
nua imanifesta, a saudade partiu...
deitou horas completas.

Quais seus filhos, ela conquista
Silencio... dou graças por
má vontade de porta trancada
sem saídas para o corredor!

Nuvens embaladas pra consumo
e mais que pareça, lhes resumo.

Ditados
                 erhi Araújo

quarta-feira, abril 20, 2011

P o r t a i s


Um dia Santo

nos traz à consciência

se nos oferece em troca

do que queremos ser

e o que queremos desse mesmo ser!

o dia é santo

se me cobres com o manto

nos aclamando em palmas

vezes palmatória

de ti queremos ver

o sol que nos aquece o pranto

o chão que plantamos os pés

a água...

e o sal de quem batiza os rés.


                                                            Portais
                                                                             erhi Araújo

segunda-feira, março 14, 2011

Forma mentis



Malfeito o mal, durmo só
imperfeito, está escuro!
mal falo mal, me calo
ao sol te sinto o cheiro
quando eu não chego...
se mau-olhado o formigueiro
um homem mau
Diz-se baleiro
não há mais nada a vê!
pensando o bem, que maus, desejo
 
paris, cachaça de raiz, Paris...
duras penas e um peso
por que males, velejo!
a tragédia, a moléstia, a desgraça nociva funesta
do mau, pálidos
 soldados, os mal pagos, os vendados
se febris, os papéis entre vales
os confrades e os carnavais...
guarda cinzas, busca-pé
fumo-de-corda, rapé
livros, risos, bicos, vidros
mágicos, cálidos, válidos
e Anéis...
mal cobre o mal, há tramas
bem tortas, o reclame, as encostas
a mesa, a poltrona
um paletó veste as costas...
quis o poeta!
sua paisagem sonora
a um passo, à porta.



Forma mentis
                                    erhi  Araújo

terça-feira, março 08, 2011

Os sinais e a chuva




Quem me veste à fome?


Quem quis ou quem pedras consome


Mandacarus...


Vi quem me deste o nome!


Diz quem se reveste insone


Dos fabulosos viscondes,


Dos bálsamos


Dos dois náufragos


 Que trazes aos monges...


Se em teus ventos me rompes


Do côro aos montes


Não ouves ninguém!


Feres a fonte


O sono das virgens,


Os sonhos dos bárbaros...


A tosse, o trote, a dose, o pigarro


O tabaco, o costume, o curtume, o esbarro


Sem suspeitos, sem estragos


Quem me impede a fome?


Os sinais e a chuva
                           erhi  Araújo

segunda-feira, fevereiro 14, 2011

Flor de sal


Teu céu...teu mar
tua boca, meus despachos
teu corpo, meu lugar
Meus olhos, teu quintal
tuas runas, tuas dunas
teu sol, teu sal
Tua ponte, meu rio
teus barcos, meu porto...
areias úmidas, os baixios
Tuas luas, meus farrachos
teus pés, um paço matinal
teu bálsamo, teus cachos
Teu trem, meus vinténs...
meu facho nagô, um repasto comunhal
acende toda a noite um sinal, sê ninguém
Seja a flor, seja o sal!

Flor de sal
           erhi Araújo

terça-feira, fevereiro 08, 2011

Máscara



una face, outras fáceis

abrindo porta, linhas e rios

rente, abaixo do horizonte...

sedam, secam, selam

rezam!

louvam a Deus, esperanças,

pendem às pontes, calçadas, cidades...

às lanças

máscara pinçada,

alguém te pintou!



Máscara
           erhi Araújo

terça-feira, janeiro 25, 2011

Aguada



água de beber

a razão, o devaneio... a purificação!

água fresca

água dos meus sonhos... perfumados

claras águas

pedras sem limo, encostas, arrimos

amores irmãos!

linho engomado, quengo soado...

 numa gota d'água

seu chão

 

Aguada

              erhi Araújo