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terça-feira, junho 16, 2020

OCASO DO AMAR

Quando o amor for embora O que levo, é tudo, esperança Pouco a mais não cabe na sacola Na última hora ou por fiança Pois, não restará qualquer herança. Um passado coalhado de mudanças Só... o serei encontrado Quando todo o pesar for varrido Em mar aberto, vivido e amado No canto sereno, do coração que me der ouvidos! De pétalas caídas no fusco veneno Malha a frio os olhos vermelhos, mal dormidos Véu da noite embrulha o laço terreno Cacos espalhados, ainda que doa a lembrança Os erros, as paixões no silêncio interrompido. Quando dançar valsa, o beijo é uma dívida Quando der graças, é o desejo, uma vida! OCASO DO AMAR erhi Araujo

terça-feira, junho 02, 2020

DOCES LÁBIOS

Mal me sentei ao piano à espera,
alguém ouviria senti tocar
os seus mambos que soavam como sinfonia...
Mal me quer ao piano de ébano,

chegará a alforria servido a olho,
o insano que pelo jazz trocaria
Mal encostei ao piano sem teclas, s
ó gritarias traz...

Bolhas ao mesmo engano nas pretas,
nas melodias... Mal arranjei ao piano Uma voz que não se ouvia A corda solta no entanto, Dançava o que não tocaria Mal me afastei do piano Piedade em si, voltaria À solta em azul bem ufano, Crueldade e amor, susteria! Solo... e em terrenos profanos que canto enfim, destilarias DOCES LÁBIOS erhi Araujo