terça-feira, setembro 04, 2018
Vontade dos seus
José!
da última hora
santo, me deixa tragar o pranto
quantas vezes, lembrar
um dia… outros tantos, muitos
dez ou nove...
José?
em quantas gotas contas, das lágrimas
pétalas, imãs, calçadas
tiras pedras... um pé.
contas!
bancos, anjos, castigos e véus…
amordaça, esmola cativa, o aluguel
a estação, velha razão das flores
investidos horrores
nas árvores, os malditos
esfumados, precipício
na alma de tolos um sortilégio
José…
sanha e histórias, castigas a glória
não raridades, mágoas, intrigas
o célere ardor, o requinte, privilégio!
uma toalha de luz, lençóis azuis
cortinas de seda, vinho... a mesa uma vela
diz-se chama, acessa, pisa em pétalas de rosas
nas tertúlias das últimas noites
enquanto há sol do lado de fora…
José!
a vaidade não é tua
nem mesmo quando tropeça, na rua
no passos que atravessa a soleira
da velha casta, uma dor dá-se fronteira
não mais dia de festa
do pouco que lhe resta
o meio da semana e segunda-feira,
José.
erhi Araujo
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