domingo, setembro 11, 2016
VARANDA NUA
queixa-me do não, sem paixão
qual hora, se não existe, emfim
deixa-me sempre, vês a razão
escuro-me num jazz, ou triste
criva meu corpo, que tentação
escorre e tange as horas, insiste
e a insônia dos meus ódios, pela mão!
não quis a ti, por provocar
fostes por fim... o que me disse, não!
VARANDA NUA
erhi Araujo
quinta-feira, maio 19, 2016
Betume
Não... falar como negro, não
Zé cacimba!
Não andar como negro, não
Zé balaio!
Não... ousar como negro, não !
Zé carneiro
Não, pensar como negro, não
Zé bugaio
Não cantar como negro, não!
Zé biriba!
Não sonhar como negro não...
Zé barreiro!
Não contar como negro, não!
Zé cascaio!
Não... folgar como negro, não
Zé pinimba!
Não, datar como negro, não!
Zé barrica!
Não dançar... como negro, não...
Zé ruela!
Não zanzar como negro... não
Zé novela!
Não, acordar como negro... não
Zé pereira!
Não tocar como negro, não!
Zé maneta!
Não sangrar... comum negro, irmão
Zé catinga!
B E T U M E
erhi Araujo
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