sexta-feira, março 08, 2013

Todas as mulheres, todas próprias





Silencio...

Maria Bonita, qual jarrinha de aromas,

Só, a bem da verdade dá luz

Frida Kahlo, entre ferros, cores

Chiquinha, entre fluidos e ardores

 a Santa, a toalha de luz

Maria! a bondade, o incenso, era a vez...

Madalena, Elis, Isabel...  

do ventre... do rosário... das lágrimas

e dos horrores, mulher

prima, entre as flores

e mesmo assim,

arrua, como cidade...

ao mesmo  tempo, quem sabe!

ao vento, à naus, à verdade


dá-me o peito, me socorre...

Silencio!


Todas as mulheres, todas  próprias

                                                erhi Araújo

terça-feira, dezembro 25, 2012

Revista Vertente

D e z e m b r e



as pedras que retirei,
 ainda as retiro do sapato ou dos lugares
por onde nem sei
vide  pedras ferradas,
lá! Risquei...

o fogo, poeira de cano e suor
acertei o nó
de sete palmos, um queixado
de acerto virado dando a cara ao pó!
O que livraria em si 

sem tomar o acento
de qualquer canto ou cidade
sem queixar-se de ti,
guardas a hora e o desejo
de comer...

o manifesto e, o que fitou
em quantas mesas,
paciente e com tantas certezas
mesmo não sirvam
às terças

a santa, a ceia...
o mundo não acabou!



dezembre  
                            erhi Araújo