sábado, novembro 10, 2012
sábado, agosto 18, 2012
Pedra que descanso
A caminho, silencio
O olhar profundo, transparente
Em plena lua,
Corro, passo e chego à
sede
Bebo dessa água fria, sua
Que por certo amolece a
gente
Amassado como o barro
Minha vez de argila,
beira o rio
A terra seca, o torrão, a
rua...
O pigarro, o chão de
esparro
Um fio de rede , a
avidez, o cio
O melhor dos mundos
A tábua, o coração...
em tantas desiguais
certezas
Debruçadas no murro
as troças, as cercas, o consumo
o falso, o contente... a
ponte
nos aproximam, indolente
feito água corrente
um, a outro do lado!
Pedra que descanso
erhi Araújo
segunda-feira, julho 23, 2012
Última hora
A flor das neves
À úmida mão cheirosa
Risca todos os sapatos,
O azul pálido, furado
As sandálias de tiras de couro, jeitosas
De plásticos desenhados
Partes da infância sobre saltos...
E fins mágicos de semanas
Friozinhos... calores...
Escalou corredores,
Entre os pés e as mãos
Correu comércio, lavrou quintais...
Ah! Essa flor quem nos atreve
Filha, desejada das neves!
Em cada menina que passava
Na prateada se endireita
Andando pela contramão
Arrastou em solas vermelhas
Beliscando o coração
Por fascínio ou ambição
Tarda o perfume que te assemelha
da mulher a que se dera,
reclusa ao fruto e por fim... a paixão!
Última hora
erhi Araújo
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