sábado, agosto 18, 2012

Pedra que descanso

   
A caminho, silencio
O olhar  profundo, transparente
Em plena lua,
Corro, passo e chego à sede
Bebo dessa água fria, sua
Que por certo amolece a gente
Amassado como o barro
Minha vez de argila, beira o rio
A terra seca, o torrão, a rua...
O pigarro, o chão de esparro
Um fio de rede , a avidez, o cio
O melhor dos mundos
A tábua, o coração...
em tantas desiguais certezas
Debruçadas no murro
as troças, as cercas, o consumo
o falso, o contente... a ponte
nos aproximam,   indolente
feito água corrente
um, a outro do lado!

Pedra que descanso
                                     erhi Araújo

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