Quem pediu socorro...
a esperança
contando seus dramas
ou, quem sabe somente um conselho
do mundo vem
seus dramas, suas perdas e suas dores
e sempre trata de alguém,
do apego, da posse, da ilusão
ou talvez a dor e a tristeza
a alma, o sossego, a origem, a neblina, o horizonte
o caminho e a história...
a bagagem, a escolha, os olhares
suma sábia simplicidade
a aura, o campo, a crítica, a mão
de muitos anos pra aliviar as dores
os parvos senhores
uns trapos, um trago, compaixão, paciência...
contra as ilusórias aparências
um coração que perto de tudo resiste
a moda, a boca, o chiste
tontas desculpas e coragem...
dá compaixão!
M u l h e r e s
erhi Araujo
quinta-feira, março 05, 2009
quinta-feira, fevereiro 19, 2009
S a t é l i t e
Dois homens te beijam
te querendo trocar paternidade
dois homens, te deixam
padecendo, lustra-te vaidades
dois homens te deleitam
carecendo, suga-te natalidade
Dois homens te queixam
devendo corar-te a fraternidade
dois homens te deitam
te merecendo alcançar, humanidade
dois homens bracejam
parecendo coar-lhe a solidariedade
Dois homens te espelham
dizendo forrar-te a virilidade
dois homens... que desejam
um oferecendo olhar, outro liberdade
dois homens que te desvendam
Dois homens que arpeiam
Temendo, te abrasar necessidades!
S a t é l i t e
erhi Araújo
Prêmio Dival Pitombo de Poesias de Feira de Santana/ Funlac 1995
te querendo trocar paternidade
dois homens, te deixam
padecendo, lustra-te vaidades
dois homens te deleitam
carecendo, suga-te natalidade
Dois homens te queixam
devendo corar-te a fraternidade
dois homens te deitam
te merecendo alcançar, humanidade
dois homens bracejam
parecendo coar-lhe a solidariedade
Dois homens te espelham
dizendo forrar-te a virilidade
dois homens... que desejam
um oferecendo olhar, outro liberdade
dois homens que te desvendam
Dois homens que arpeiam
Temendo, te abrasar necessidades!
S a t é l i t e
erhi Araújo
Prêmio Dival Pitombo de Poesias de Feira de Santana/ Funlac 1995
segunda-feira, fevereiro 16, 2009
P o m a
Cada suor te lavra a hora
reparte e voa numa sonda
divina... célere
da carne extrai sombras
sal, bens de ouro, celebres
Cada paiol te trava a porta
da fome malvista, fadista magoa
avia, quem escreve
a cada suor uma estrada, imola
inscreves dos sonetos
depõe... úmida vida
para quem falso era o nó!
Cada suor te mascara, chora
um lance de escada, carta única, deitada
nua dança... escalada cheia e noivas
azuis desfiguradas
cascas, de resto alguém
verás no corrimão o guarda-pó
- o cais...
A luz e os escombros
P o m a
erhi Araújo
Prêmio Dival Pitombo de Poesias / Funlac / 1995
reparte e voa numa sonda
divina... célere
da carne extrai sombras
sal, bens de ouro, celebres
Cada paiol te trava a porta
da fome malvista, fadista magoa
avia, quem escreve
a cada suor uma estrada, imola
inscreves dos sonetos
depõe... úmida vida
para quem falso era o nó!
Cada suor te mascara, chora
um lance de escada, carta única, deitada
nua dança... escalada cheia e noivas
azuis desfiguradas
cascas, de resto alguém
verás no corrimão o guarda-pó
- o cais...
A luz e os escombros
P o m a
erhi Araújo
Prêmio Dival Pitombo de Poesias / Funlac / 1995
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