Ao despir-se em naufrágio
Ao ouvir-se entre as ondas... teu silêncio, tal como areia
Corre a boca, no mar adentra
O vento te sopra apagando a candeia
...
Ao tingir desumana, a conduta
quem espera caminhos e, espinhos audazes
apavorados, pôs-se ao incêndio
num barco de flores, sem pudores ou saudades.
...
Quer por sempre tão caras
Minhas figas em validades, disse-me assim!
Duram dias e horas, essas folhas amargas.
Lavram primavera e noites sem fim.
Quer botar mãos ao leme, de punho operário
Ao sentir tuas dores, que sem rumo vadeia
Colhe esse ramo de flor que do peito rebenta
Oferta o seu perfume se a dor te rodeia!
LENTE II
erhi Araújo
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