terça-feira, agosto 25, 2020
HUMANIDADES
Já fui pecado
Já, operador
Já fui sonhado
fui sonhador
Já fui escravo
Já, estivador
Já fui soldado
E soldador
Já fui penhorado
Já fui senhor
Já fui agora
fui... quarador
Já fui dado
Já, doador
Já fui aluno
Já fui contato
Fui contador
Já fui professor
Jazz me fez honrado
Já, acolhedor...
os mesmos, quem não sabe
Diz fazer milagres
- só que não!
E hoje quem sou, então?
Uma poeira noutro verso
O grão de areia sem deserto
Um ser sereno na imensidão...
Escolho e lustro o bem amado
Onde plantei toda amizade
Para acolher o teu sertão!
Já fiz a luz
E a ilusão
Já fui amado
E uma dor
Hoje, deste passado
Triste amolador...
Já fui esperado
Já, desesperador
Já fui a terra
Dei-me a serra
Na indigência, púrpura dor
Já fui a teima, até problema
Pisei na chama
aquela que te inflama
comum a negros acorrentados
Já fui índio, o que jamais te queimou!
HUMANIDADES
erhi Araujo
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário