terça-feira, setembro 04, 2018

Vontade dos seus

José! da última hora santo, me deixa tragar o pranto quantas vezes, lembrar um dia… outros tantos, muitos dez ou nove... José? em quantas gotas contas, das lágrimas pétalas, imãs, calçadas tiras pedras... um pé. contas! bancos, anjos, castigos e véus… amordaça, esmola cativa, o aluguel a estação, velha razão das flores investidos horrores nas árvores, os malditos esfumados, precipício na alma de tolos um sortilégio José… sanha e histórias, castigas a glória não raridades, mágoas, intrigas o célere ardor, o requinte, privilégio! uma toalha de luz, lençóis azuis cortinas de seda, vinho... a mesa uma vela diz-se chama, acessa, pisa em pétalas de rosas nas tertúlias das últimas noites enquanto há sol do lado de fora… José! a vaidade não é tua nem mesmo quando tropeça, na rua no passos que atravessa a soleira da velha casta, uma dor dá-se fronteira não mais dia de festa do pouco que lhe resta o meio da semana e segunda-feira, José. erhi Araujo

terça-feira, agosto 07, 2018

O P H E L I A


escolhe! a era, a lã e o linho que me veste em todo querer. espalhas em tuas mãos um bem… e, sobre meus maus antes que nos venha clarear. presa esperança e bela, de bons olhos te iluminar deseja a janela, o sol. crianças… a elas, estribrilham entre sorrisos pueril… um chafariz a borbulhar! lua clara, luz! meio a noite, seio a rua… mãos de seda, cura, a plebe terçã! O P H E L I A erhi Araujo

quarta-feira, agosto 01, 2018

Atalhos

No largo, do tanque a pele nua quase range… uma lágrima escorrida a fio, traz a lâmina na barriga num risco cintilante que raspa e tange ensejos ou desejos delirantes escritos entre as pedras, das noites, das feridas luas de sangue sem rédeas, lúbrica, furtiva...aos céus esconde os termos de sangue azul, seus espelhos se, desmaiada a luz nascia... em braços fortes pungia o ardor nos cotovelos e, a melancolia de quem carrega o dia descalços, na cruz! Atalhos erhi Araujo

sexta-feira, julho 27, 2018

Não há!.. Úmida linha férrea, pro vagão passar vim de América dormente e lúgubre vagar… eros reclamados, nos porões o passado sobre tom da tirania, uma mão sem lei Já não se deve temer, a corrente, os ferros a vida nobre de afro-ocidental vou eu… de preto, pobre, poeta em segredos arrumando as mesmas vestes, ali onde jazzia aponta-me o chicote e quem ardia, Não cai!.. num mar além... do sal, a terra escravizada em maresia eu não tô nada bem... no trem, a insignificante teimosia (vem fazendo vuc-vuc) vai e vem… Naus e ferros erhi Araujo