quarta-feira, outubro 30, 2013
Pedra que descanso
O caminho nos silencia
O olhar profundo, transparente
Pleno à lua, sol infringente
Chega dá sede, socorro! Um passo a frente
Bebo dessa água fria
Um gole, gente amolecia...
Amassando feito barro
Nhá voz de argila, temporão
Beira de rua, rio e ribeirão
Terra seca, o torrão, mão de pilão
O pigarro, no chão o desvario
Num fio de rede, a avidez, o cio
O melhor dos mundos
Na tábua, tabuada o coração, furo...
Desiguais certezas surro
Debruçadas no murro
Em troças, em cerca, indolente
O falso aponte veio contente
O trem se aproxima, eu sumo
Feito água corrente
Aninhava ferros e dormentes
Um a um do lado, os dentes!
Pedra que descanso
erhi Araújo
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