terça-feira, dezembro 25, 2012
D e z e m b r e
as pedras que retirei,
ainda as
retiro do sapato ou dos lugares
por onde nem sei
vide
pedras ferradas,
lá! Risquei...
o fogo, poeira de cano e suor
acertei o nó
de sete palmos, um queixado
de acerto virado dando a cara ao pó!
O que livraria em si
sem tomar o acento
de qualquer canto ou cidade
sem queixar-se de ti,
guardas a hora e o desejo
de comer...
o manifesto e, o que fitou
em quantas mesas,
paciente e com tantas certezas
mesmo não sirvam
às terças
a santa, a ceia...
o mundo não acabou!
dezembre
erhi Araújo
domingo, novembro 18, 2012
Lente opaca
Das
minhas dúvidas
mascaram
o acento
tais
como as minhas dívidas
a
minha desumana conduta
que
recuperam caminhos relegados e audazes
qual,
me acompanha em silêncio
tão
pouca, é verdade!
se,
por não ter fim
as
diligências psicológicas
que
por sempre tão caras
as
minhas vaidades, diz-me sim!
das
duras horas amargas
vívidas
em cores
a
partir do presente
serve
crítica, a paisagem cínica.
Lente
opaca
erhi Araújo
sábado, novembro 10, 2012
sábado, agosto 18, 2012
Pedra que descanso
A caminho, silencio
O olhar profundo, transparente
Em plena lua,
Corro, passo e chego à
sede
Bebo dessa água fria, sua
Que por certo amolece a
gente
Amassado como o barro
Minha vez de argila,
beira o rio
A terra seca, o torrão, a
rua...
O pigarro, o chão de
esparro
Um fio de rede , a
avidez, o cio
O melhor dos mundos
A tábua, o coração...
em tantas desiguais
certezas
Debruçadas no murro
as troças, as cercas, o consumo
o falso, o contente... a
ponte
nos aproximam, indolente
feito água corrente
um, a outro do lado!
Pedra que descanso
erhi Araújo
segunda-feira, julho 23, 2012
Última hora
A flor das neves
À úmida mão cheirosa
Risca todos os sapatos,
O azul pálido, furado
As sandálias de tiras de couro, jeitosas
De plásticos desenhados
Partes da infância sobre saltos...
E fins mágicos de semanas
Friozinhos... calores...
Escalou corredores,
Entre os pés e as mãos
Correu comércio, lavrou quintais...
Ah! Essa flor quem nos atreve
Filha, desejada das neves!
Em cada menina que passava
Na prateada se endireita
Andando pela contramão
Arrastou em solas vermelhas
Beliscando o coração
Por fascínio ou ambição
Tarda o perfume que te assemelha
da mulher a que se dera,
reclusa ao fruto e por fim... a paixão!
Última hora
erhi Araújo
quinta-feira, julho 05, 2012
Odisseia
Caminhas sobre nuvens
troca seu passos!
os que você criou...
Voas sob asas
as mesmas que você cortou
Sê tarde...
vê! madrugada
repartes cinzentas,
úmidas, novas... prateadas,
regram
as noites
a que afugentas?
um almoço no parque
suor e língua, avermelha
a
escrita apagada
uma leitura inventada
como se faz em decalque!
Meio grau de vidências
meio... ao meio, cais
sombras, experiência
- enigmas!
Não vê...
fontes nem passagens
desse mundo o preito
o primitivo,
o inocente vivo
e outros sujeitos
pagam açoites,
perdem passagens.
Odisseia
erhi Araújo
Assinar:
Postagens (Atom)