Incômodos postais
Desce o sol contente
Sobre os medos ou desejos irreais
Retira-me, da pedreira a pedra
Que arde sob um céu mordente
Pedra furada que se parte em brasa
Concreta, fere e disfarça
Veste esse colo ardente
Serve em prato raso, minha fome
Solve a boca, quem te consome
E não me cospe como aguardente
Arames secam o mato e a fome
A prata, a pedra do descanso
Enchem os olhos d’água, das moças e dos mansos
O riacho do rio... que sequer vê a ponte
Misteriosos aterros, idas e vindas
Os bois, um trem, a bica d’água... boiadeiros.
aterros
erhi Araújo
Um comentário:
poeta erhi
adimiro sua maneira de tratar as palavras e as transformando em objeto poético. Que assim o seja!
Há em minha uma grande adimiração pelos versos teus!
Parabéns e muito sucesso!
Abraços
Élio
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