segunda-feira, junho 14, 2010

Códigos do outono

Sal, açúcar... pigarros
verbos transtornados
ocasos de mau gosto, refinados

Erguem-se à beira do abismo
alvos mortais, aforismos
das velhas almas, úmidas canduras
a derrama pôs ávidas doçuras

Sem sentidos, sem todos os mastros
entre os parênteses... seus atos
emproam-lhe a luz, ateus imediatos

Um olho ri e outro no pátio
o teatro... a comida sem pastos
entre os cães feridos, amordaçados
uma sala de luxo, um cinema, um hiato!


Códigos do outono
erhi Araújo

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