Dois homens te beijam
te querendo trocar paternidade
dois homens, te deixam
padecendo, lustra-te vaidades
dois homens te deleitam
carecendo, suga-te natalidade
Dois homens te queixam
devendo corar-te a fraternidade
dois homens te deitam
te merecendo alcançar, humanidade
dois homens bracejam
parecendo coar-lhe a solidariedade
Dois homens te espelham
dizendo forrar-te a virilidade
dois homens... que desejam
um oferecendo olhar, outro liberdade
dois homens que te desvendam
Dois homens que arpeiam
Temendo, te abrasar necessidades!
S a t é l i t e
erhi Araújo
Prêmio Dival Pitombo de Poesias de Feira de Santana/ Funlac 1995
quinta-feira, fevereiro 19, 2009
segunda-feira, fevereiro 16, 2009
P o m a
Cada suor te lavra a hora
reparte e voa numa sonda
divina... célere
da carne extrai sombras
sal, bens de ouro, celebres
Cada paiol te trava a porta
da fome malvista, fadista magoa
avia, quem escreve
a cada suor uma estrada, imola
inscreves dos sonetos
depõe... úmida vida
para quem falso era o nó!
Cada suor te mascara, chora
um lance de escada, carta única, deitada
nua dança... escalada cheia e noivas
azuis desfiguradas
cascas, de resto alguém
verás no corrimão o guarda-pó
- o cais...
A luz e os escombros
P o m a
erhi Araújo
Prêmio Dival Pitombo de Poesias / Funlac / 1995
reparte e voa numa sonda
divina... célere
da carne extrai sombras
sal, bens de ouro, celebres
Cada paiol te trava a porta
da fome malvista, fadista magoa
avia, quem escreve
a cada suor uma estrada, imola
inscreves dos sonetos
depõe... úmida vida
para quem falso era o nó!
Cada suor te mascara, chora
um lance de escada, carta única, deitada
nua dança... escalada cheia e noivas
azuis desfiguradas
cascas, de resto alguém
verás no corrimão o guarda-pó
- o cais...
A luz e os escombros
P o m a
erhi Araújo
Prêmio Dival Pitombo de Poesias / Funlac / 1995
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