quinta-feira, setembro 22, 2016

Shakespeare

Que a discrição te sirva de guia; acomoda o gesto à palavra e a palavra ao gesto, tendo sempre em mira não ultrapassar a modéstia da natureza, porque o exagero é contrário aos propósitos da representação, cuja finalidade sempre foi, e continuará sendo, como que apresentar o espelho à natureza, mostrar à virtude suas próprias feições, à ignomínia sua imagem a ao corpo e idade do tempo a impressão de sua forma. O exagero ou o descuido, no ato de representar, podem provocar riso aos ignorantes, mas causam enfado às pessoas judiciosas, cuja censura deve pesar mais em tua apreciação do que os aplausos de quantos enchem o teatro. Shakespeare

FLORES, VENTOS, CAMINHOS

Amor próprio, amor Liquido, liquidificado, liquidificador Amor... liquida amor. Amor perfeito, amor Sujeito, conceituado, encantador Amor... sujeita amor Amor puro, amor Duro, calcificado, provocador Amor... curto amor Amor pródigo, amor Gótico ou inspirado, conspirador Amor... código amor Amor quebrado, amor Quadrado, pálido e sem ardor Amor... doce amor Amor querido, amor Tanto quanto ferido, sem calor Amor... constrangido amor Amor alguém, amor Corpo tolo, colado, escaldador Amor... ninguém amor amor Amor aquático, amor Ginástico, opróbio, plastificador Amor... pobre amor Amor florido, amor Aos pés e sem sentidos, abrasador Amor... estalado amor Amor vencido, amor Prometido, teus olhos conserva a dor Amor... mesmo, salgado amor Amor assim, amor Por mim, curado só tem calor Amor... bem amado ou enlouquecedor! FLORES, VENTOS, CAMINHOS erhi Araujo

sexta-feira, setembro 16, 2016

Shakespeare


Que a discrição te sirva de guia; acomoda o gesto à palavra e a palavra ao gesto, tendo sempre em mira não ultrapassar a modéstia da natureza, porque o exagero é contrário aos propósitos da representação, cuja finalidade sempre foi, e continuará sendo, como que apresentar o espelho à natureza, mostrar à virtude suas próprias feições, à ignomínia sua imagem a ao corpo e idade do tempo a impressão de sua forma. O exagero ou o descuido, no ato de representar, podem provocar riso aos ignorantes, mas causam enfado às pessoas judiciosas, cuja censura deve pesar mais em tua apreciação do que os aplausos de quantos enchem o teatro. Shakespeare