Cartas borradas, papeis amarotados,
Rasgados, borrões
Caem ao chão, levantam voos
Queimam ilusões.
Nada de luz ou sombras
Crescem à curta visão
Sortimentos em poucos versos
Na fala bela dos homens...
A loucura, o caixa, o furor do universo.
Depois de ontem, o inverno dita a dor
Nas cruas mãos, a pele do rosto
Úmida escrita... socorre os olhos
De tantas lágrimas e venditas.
A carne descansa, ora finita
Um à vida, é pedida
Como pipas, voam num céu
Dos seus versos lidos, os sonhos
Mas sempre à procura, há contos que voltam
Há pontos que se desprendem e soltam
Farpas por lição dos encontros
Um canto é dos magos, Reis
Onde a cidade se perde na rima
Das palavras como vento, soprando os cordéis
Seus pés, seus passos te apontam a esquina.
INSPIRAÇÕES
erhi
Araujo