Não quer falar feito nhego, não?
não andar feito nhego, não!
não sabe ousar feito nhego, não?
não sonhar feito nhego, não!
não quer pensar feito nhego, não?
não coalhar feito nhego, não!
não vem listar feito nhego, não?
Não quer lutar feito nhego, não?
não folgar feito nhego, não!
não sabe dançar feito nhego, não?
não gingar feito nhego, não!
não quer quebrar feito nhego, não?
não brotar feito nhego, não!
não vem sangrar feito nhego, não?
Fios de voz enegreados, sua alma é sua cor
opelé nagô... me retira da ordem dos escravos!
Não quer calar feito nhego, não?
não olhar feito nhego, não!
Não sabe curar feito nhego, não?
não tronar feito nhego, não!
não quer livrar feito nhego, não?
não pausar feito nhego, não!
não vem cunhar feito nhego, não?
Não quer jogar feito nhego, não?
não curvar feito nhego, não!
não sabe regrar feito nhego, não?
não limpar feito nhego, não!
não quer lustrar feito nhego, não?
não pousar feito nhego, não!
não vem zelar feito nhego, não?
Fios de voz enegreados, sua alma é sua cor
opelé nagô... me retira da ordem dos escravos!
Não quer singrar feito nhego, não?
não ninar feito nhego, não!
não sabe corar feito nhego, não?
não tomar feito nhego, não!
não quer tocar feito nhego, não?
não soar feito nhego, não!
não vem tombar feito nhego, não?..
ALFORRIAS
erhi Araujo