RIOS

Amor seco
Pelos ardores humanos
Apenas existem em purpurar alegria
Leitos vazios
Pelas dores dos insanos
Apenas resistem à estúpida euforia.


RIOS
erhi Araujo

VIVEIROS DE PLÁSTICOS

Quero ter entre os olhos
os traços de um poema
Quero ver por entre os dedos
um lápis, não um dilema
E breve, neste solo pisar
só... pra te olhar
Quero sentir por entre lábios
esse calor, uma sentença
Quero ouvir por entre corpos
Fluidos... da úmida presença
Quão breve, este solo pesar
se a melancolia nos vier encantar
Espero aqui! Até que o dia traga a sorte.
Deixes o coração nos visitar...


VIVEIROS DE PLÁSTICOS
erhi Araujo

ALMA DAS FLORES

São as flores, os amigos, os amores
Que nos invade sem querer favores
Que nos traz um brilho ao olhar!

Os amigos, os amores, os calores
Sóis ardentes...
Iluminados a seus poentes!
Guarda-nos a tarde até que a boca da noite
nos comece a contar...

Se amanhã o orvalho e a noite
chega pra nos despertar!
Passa madrugada e fria...
receitas do desabrochar
o dia, nua janela se abria
Colhendo réstias de sol
A espera... Avis Maria
Era uma, eram duas,
eram tantas, talvez
Pra nenhuma delas
fosse a vez...
Os ardores, os vestígios, os pudores
São como vasos caídos
São tantos outros, pendores
Jamais se fará esquecidos...
À noite, já tarde, amanhece
se nos encanta
sorrindo com uma flor!


ALMA DAS FLORES
erhi Araujo