quarta-feira, agosto 01, 2018
Atalhos
No largo, do tanque
a pele nua quase range… uma lágrima
escorrida a fio, traz a lâmina na barriga
num risco cintilante que raspa e tange
ensejos ou desejos delirantes
escritos entre as pedras, das noites, das feridas
luas de sangue sem rédeas, lúbrica, furtiva...aos céus esconde
os termos de sangue azul, seus espelhos
se, desmaiada a luz nascia... em braços fortes
pungia o ardor nos cotovelos
e, a melancolia de quem carrega o dia
descalços, na cruz!
Atalhos
erhi Araujo
sexta-feira, julho 27, 2018
Não há!..
Úmida linha férrea, pro vagão passar
vim de América dormente e lúgubre vagar…
eros reclamados, nos porões o passado
sobre tom da tirania, uma mão sem lei
Já não se deve temer, a corrente, os ferros
a vida nobre de afro-ocidental
vou eu… de preto, pobre, poeta em segredos
arrumando as mesmas vestes, ali onde jazzia
aponta-me o chicote e quem ardia, Não cai!..
num mar além...
do sal, a terra escravizada em maresia
eu não tô nada bem...
no trem, a insignificante teimosia (vem fazendo vuc-vuc)
vai e vem…
Naus e ferros
erhi Araujo
sexta-feira, setembro 15, 2017
MÃOS E NÓS
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