Incômodos postais
Desce o sol contente
Sobre os medos ou desejos irreais
Retira-me, da pedreira a pedra
Que arde sob um céu mordente
Pedra furada que se parte em brasa
Concreta, fere e disfarça
Veste esse colo ardente
Serve em prato raso, minha fome
Solve a boca, quem te consome
E não me cospe como aguardente
Arames secam o mato e a fome
A prata, a pedra do descanso
Enchem os olhos d’água, das moças e dos mansos
O riacho do rio... que sequer vê a ponte
Misteriosos aterros, idas e vindas
Os bois, um trem, a bica d’água... boiadeiros.
aterros
erhi Araújo
domingo, outubro 17, 2010
quinta-feira, junho 17, 2010
Crase
colhi!
nesta flor é semelhante à que lhe dei
escolhi, mas
se, não irei à festa
obedecerei
às suas ordens, às avessas
voltarei!
mesmo às pressas,
não como cheguei!
arrisquei-me às vésperas
nem dormi nem deitei
sequer um braço a encostei
à janela desenhara seu rosto
e senti teu gosto,
e senti!
senti seus as.
Crase
erhi Araújo
nesta flor é semelhante à que lhe dei
escolhi, mas
se, não irei à festa
obedecerei
às suas ordens, às avessas
voltarei!
mesmo às pressas,
não como cheguei!
arrisquei-me às vésperas
nem dormi nem deitei
sequer um braço a encostei
à janela desenhara seu rosto
e senti teu gosto,
e senti!
senti seus as.
Crase
erhi Araújo
quarta-feira, junho 16, 2010
Sobre as medidas
O operário
a contramão, o ordinário
a combustão
o naufrágio dentro do ginásio
a celebração!
a crença na diferença
o cubo de gelo, o novelo
o barro vermelho,
o mau-olhado
a devoção!
o estampido, o telhado
o ruído nas pedras
em timbres elétricos
a guarnição...
o enérgico
o estético peso de ouro
a regra sem pretexto
a montanha, o couro e o contexto
à sua imaginação!
aliança, verdades e fiança
tolos segredos à janela
sopras na rua com cautela
a sua embarcação!
o entender, o beber, o fazer
a panela, a tigela, o prazer
o acordo, a colher de comer o verbo
o certo ou o errado
sem direção!
nada, nada, nada...
nada pesa sobre as águas!
Sobre as medidas
erhi Araújo
a contramão, o ordinário
a combustão
o naufrágio dentro do ginásio
a celebração!
a crença na diferença
o cubo de gelo, o novelo
o barro vermelho,
o mau-olhado
a devoção!
o estampido, o telhado
o ruído nas pedras
em timbres elétricos
a guarnição...
o enérgico
o estético peso de ouro
a regra sem pretexto
a montanha, o couro e o contexto
à sua imaginação!
aliança, verdades e fiança
tolos segredos à janela
sopras na rua com cautela
a sua embarcação!
o entender, o beber, o fazer
a panela, a tigela, o prazer
o acordo, a colher de comer o verbo
o certo ou o errado
sem direção!
nada, nada, nada...
nada pesa sobre as águas!
Sobre as medidas
erhi Araújo
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