Se mais tarde
uma palavra distrair
e seguir atalhos
vê o dia ao cair
da pele nua em frangalho,
depôs da carne fria, os retalhos
vir além dos próprios olhos...
a messe, a grua, a luz!
Um talho erhi Araújo
No mardistante dos olhos negrosrecortava-nos curvos, frioscaminhos de areias e veredas nos canaviaisdas palmas a lida de seus fiéisa vida, que vi deste tempo sem mãospedia-nos contrito, sem olhar, submissos...a pena, de ouvir sem contemplarorações, implorações daqueles diaspor isto! desamparado, indigitadode tão estranho espetáculonum instante, o fim...resta-nos a moeda luzidia, redondae o que nos há de custar!Promessaserhi Araújo
Enegreci!
o sal da escravatura
ao cair pondo sol a toda urbanidade
que julgara mestra qualidade,
preto, velho em tanta agrura
fez ardor, fez saudade...
do azul do mar aos céus
raios, estrelas, tempestades
durante a travessia
da infância mágica ou da casa que vivia
nunca vir essa aurora,
nem flores, nem laços, verdades
dos tontos anos e cruas horas
pá de cal, sepultura...
dádiva senhora.
Tábua
erhi Araújo