No mar
distante dos olhos negros
recortava-nos curvos, frios
caminhos de areias e veredas nos canaviais
das palmas a lida de seus fiéis
a vida, que vi deste tempo sem mãos
pedia-nos contrito, sem olhar, submissos...
a pena, de ouvir sem contemplar
orações, implorações daqueles dias
por isto! desamparado, indigitado
de tão estranho espetáculo
num instante, o fim...
resta-nos a moeda luzidia, redonda
e o que nos há de custar!
Promessas
erhi Araújo
terça-feira, junho 17, 2008
quinta-feira, junho 12, 2008
Tábua
Enegreci!
o sal da escravatura
ao cair pondo sol a toda urbanidade
que julgara mestra qualidade,
preto, velho em tanta agrura
fez ardor, fez saudade...
do azul do mar aos céus
raios, estrelas, tempestades
durante a travessia
da infância mágica ou da casa que vivia
nunca vir essa aurora,
nem flores, nem laços, verdades
dos tontos anos e cruas horas
pá de cal, sepultura...
dádiva senhora.
Tábua
erhi Araújo
segunda-feira, junho 09, 2008
Retalhos
A promessa,
parte que sequer retiras de mim
a mão, o lugar, as melindres, o coração
alguma coisa em questão,
o encontro, um par
que dá contas de sua parte
me tira os pés
no jardim...
caem folhas... folhas secam
queres! mas queres assim
um beliscão que sobre a pele
a cicatriz de mão
escrita
me consome... sedes enfim!
Retalhos
erhi Araújo
parte que sequer retiras de mim
a mão, o lugar, as melindres, o coração
alguma coisa em questão,
o encontro, um par
que dá contas de sua parte
me tira os pés
no jardim...
caem folhas... folhas secam
queres! mas queres assim
um beliscão que sobre a pele
a cicatriz de mão
escrita
me consome... sedes enfim!
Retalhos
erhi Araújo
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