sexta-feira, julho 27, 2018
Não há!..
Úmida linha férrea, pro vagão passar
vim de América dormente e lúgubre vagar…
eros reclamados, nos porões o passado
sobre tom da tirania, uma mão sem lei
Já não se deve temer, a corrente, os ferros
a vida nobre de afro-ocidental
vou eu… de preto, pobre, poeta em segredos
arrumando as mesmas vestes, ali onde jazzia
aponta-me o chicote e quem ardia, Não cai!..
num mar além...
do sal, a terra escravizada em maresia
eu não tô nada bem...
no trem, a insignificante teimosia (vem fazendo vuc-vuc)
vai e vem…
Naus e ferros
erhi Araujo
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