sexta-feira, setembro 15, 2017

MÃOS E NÓS


Enteio um caminho E, sem deitar rastros Cego os espinho, desembaraço... Entre os dedos, os pés, o pouso Respiro, do mormaço Sem queixas, nem cardaços Viriam soltas... somenos laços Entre azenhas ou moinho Rende farpas e arame Bolhas... por vezes disse-me, insone Ventre, ao invés de carinho Preferes um pedaço À mão, os dedos, estilhaço Apertando a boca, o roçado MÃOS E NÓS erhi Araujo

sábado, julho 22, 2017

DESERÇÕES AMOROSAS


O amor calsifica os espírito desencanta a minh'alma quanto mais infere... mais te acalma O amor petrifica o colírio levantas aos céus, duas palmas ergue-se, e quanto mais... salvas O amor, rarefica o empírico acalanta a vida, espalma quanto mais áspera, mais deságua o amor se, planifica os delírios apascenta o ardor, tolo,salga em si, desanda em magoas O amor só, clarifica em princípios quando no mal te insere refresca-nos do calor, dá-nos a calma O amor, de tantos vestígios ao colo da noite, repousado sonharia... puro amor, sem fim... de novo amanha se vestiria O amor trágico, um litígio expandidos nos autos, assim, desejaria teu dorso,os joelhos, teu corpo enlaçado... defronte o espelho! Ah!.. do amor mágico, interstícios se aos poucos, penhorado, lavraria outros, sim! ouvirias... - Amor! DESERÇÕES AMOROSAS erhi Araujo

quinta-feira, julho 20, 2017

ENCARNADO


Eu te esperei, depois o sol raiou Não me cansei... esperanças de amor Olha pra mim, onde há sol você estar Sequer pensei onde fui, onde estou Sequer pensei onde fui, onde estou Quando ouvi um sinal, o dia Desejei ver-te chegar Uma vez, pétalas orvalhadas na janela Outra, cartas mágicas na mão Desse coração encarnado e vivo Vai dizer, mas você quer estar ausente Para sempre Ficar longe, de um amar sem fim Maldirias assim que te esquecesse Mas talvez isso, vire um beijo no rosto Vindo a pés pela estrada sozinha Eu te encontrei, quando o vento nos levou Ai te liguei... e teu sorriso se mostrou Aos poucos, em mim, por ouvir você falar Só quis dizer que fui o mesmo que sou Não hesitei quando te ouvi: alô! Desse coração encarnado e vivo Vais me dizer, mas você quer estar ausente Pra sempre E N C A R N A D O erhi Araujo

domingo, maio 07, 2017

PEDRA E CALHAU


Pedras... Pedra da boca Tola pedrada Pedra ferrada, boca calada, pele melada Pedra na boca Régua desdentada... Pele aterrada Cútis lavrava, à pedra Pedra oca Pétala rouca Queixos de fio índigo e, olhos azuis... moldura enfezada casa amarela, pincelada cercada de muros empedrada. À boca Pedra de sal Curta pedra, salgada língua Detrítica, Forjada de pouca pedra, Dissolvida em mágoas Dá-se imune... Corrói o sol, leita rios Lascas de pedras Ah! Que se afunde! PEDRA E CALHAU erhi Araujo

Versos humidus


Poemas que saem na chuva Caíram como gotas Sobre o rosto enrugado Olhado sem o véu... Sãos poemas! Me partem em versos Entre nós a casa, a ferida... Lavada nas águas, na chuva Entre céus e terra... Hão de secar tão completamente Lágrimas... Quisera vertente! Versos humidus erhi Araujo

quarta-feira, março 08, 2017

H O J E

Em dias sim, por dias, não... Sem ter calor Sem ser amor... Sem ver dívidas, Tolos os dias que não os são! Então que sejas, lá, quem for. Um dia assim, outro porém Simples! Como convém O parto, o ato... seu retrato vivo E entre as mãos, mo dissestes amém! Coube o dia enfim, este então!.. Há certezas na risca, À nobreza, dá vista... Quatro mais, quantas vezes vais? Ao véu, ao céu... num fel. HOJE erhi Araujo